Conexão futurística: Inatel, em Santa Rita do Sapucaí, desenvolve internet 6G com sabor brasileiro

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Desbravar as fronteiras do 6G é abrir as portas para o Brasil se erguer como líder,
não apenas um seguidor, no cenário global da conectividade

O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), sediado em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, está à frente no desenvolvimento da internet 6G no Brasil, com previsão de implantação a partir de 2032. Antes mesmo da consolidação do 5G, os pesquisadores do Inatel já anteviam limitações e começaram a preparar o terreno para a próxima geração. Iniciativas como o Projeto Brasil 6G visam entender e atender demandas nacionais não contempladas pelo 5G, especialmente evidenciadas durante a pandemia.

O Inatel, com o apoio do MCTI e da RNP, iniciou o trabalho de desenvolvimento de um plano de ações (framework) para o desenvolvimento da Rede 6G no Brasil, dando origem ao projeto Brasil 6G, cujo principal objetivo consiste em definir quais são os passos necessários para que a futura geração de redes móveis seja capaz de atender as aplicações e casos de uso importantes para o desenvolvimento econômico e social do país.

Esse trabalho inicial mostrou que a visão para as redes de comunicações móveis de 6ª geração envolve muito mais que telecomunicações. Posicionamento, imagem, inteligência artificial e mapeamento serão cruciais para o desenvolvimento dos cenários previstos na futura rede.

A segunda fase do projeto propôs soluções para setores como saúde, mineração e agronegócios, enquanto a terceira fase envolve testes em protótipos em ambientes mais realistas. Apesar dos desafios de retenção de talentos no Brasil, iniciativas como o Centro de Competência Embrappi 5G e 6G buscam criar um ecossistema favorável ao desenvolvimento tecnológico nacional.

A chegada do 6G promete uma nova era de hiperconectividade, possibilitando a comunicação entre humanos, máquinas e a natureza, por meio de nanobiossensores. No entanto, essa perspectiva levanta questões éticas e legais, especialmente em relação ao uso de dados e privacidade. A necessidade de uma legislação adequada para lidar com essa tecnologia emergente é evidente, exigindo colaboração entre pesquisadores e legisladores para garantir o progresso econômico do país sem comprometer a segurança e privacidade dos cidadãos.

Imagem: Adobe Stock