Iniciativa da Evoluir, em parceria com a Arteris e a Prefeitura de Pouso Alegre, promove reflexão crítica sobre comunicação e segurança no trânsito
O excesso de velocidade continua entre as principais causas de mortes no trânsito brasileiro. Somente em 2023, quase 35 mil pessoas perderam a vida em acidentes — o equivalente a uma morte a cada 15 minutos, segundo dados do DataSUS. Nas rodovias federais, o cenário também é preocupante: em 2024 foram mais de 73 mil acidentes registrados, com 6.160 mortes, número 10% superior ao do ano anterior.
A BR-381, conhecida como Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte e corta Pouso Alegre, figura entre as rodovias mais perigosas do país. No último levantamento, ficou em terceiro lugar no ranking nacional de acidentes, com 3.469 ocorrências. Somente em Minas Gerais, foram 2.793 registros, resultando em 218 mortes.
Outro dado alarmante envolve os motociclistas. O “Atlas da Violência 2025” revelou que a taxa de mortes desse grupo chegou a 6,3 por 100 mil habitantes em 2023, crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior.
Diante desse cenário, a conscientização por meio da comunicação ganha ainda mais relevância. Em Pouso Alegre, a empresa Evoluir lançou o projeto Criadores 2.0, viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da concessionária Arteris e apoio da Prefeitura Municipal de Pouso Alegre, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
A iniciativa promoveu workshops em audiovisual voltados para jovens universitários e vestibulandos, estimulando a criação de conteúdos com foco na humanização do trânsito. Ao todo, 40 participantes produziram materiais inovadores que serão divulgados na plataforma oficial do projeto durante a Semana do Trânsito.
De acordo com Carla Costa, coordenadora do Criadores 2.0, o objetivo vai além da formação técnica não se resume a formar produtores digitais, mas cidadãos críticos, capazes de reinterpretar o espaço que ocupam — seja nas ruas, seja nas redes:
“No Criadores 2.0, eles não só aprendem a produzir, mas também a consumir e impulsionar criticamente, a partir de uma análise qualificada de dados e escuta atenta. Esse fortalecimento do senso crítico é o que permite que passem a criar narrativas de conscientização e de transformação social. Investir em educação, treinamento e prevenção é, acima de tudo, investir em vidas.””
Já Luiza Mariutti, coordenadora de Diversidade e Responsabilidade Social da Arteris, destacou a importância da união entre poder público e iniciativa privada:
“Promover um trânsito mais humanizado e seguro é uma temática que está no DNA da Arteris, que trabalha com esforços pela valorização da vida. Como administradores de rodovias, o objetivo de preservar a vida está presente em todas nossas ações. Projetos como esse nos auxiliam a influenciar de forma positiva o cenário em que atuamos e servir de impulso ao desenvolvimento sustentável das comunidades.”
O projeto se conecta diretamente ao ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, reforçando a necessidade de transformar a comunicação em uma ferramenta de impacto social e de preservação de vidas.



