Os itens que mais contribuíram para essa queda foram o tomate, a banana, o feijão carioquinha e a carne bovina. Por outro lado, o óleo de soja foi o produto que teve o maior aumento de preço. No acumulado dos últimos 12 meses, o custo da cesta básica na cidade apresenta uma redução de -1,17%. A coleta de dados é realizada na primeira semana de cada mês, abrangendo os preços de 13 itens que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados de Pouso Alegre, utilizando uma metodologia adaptada do DIEESE.
No início de maio, o custo médio da cesta básica nacional de alimentos para uma pessoa adulta em Pouso Alegre atingiu R$ 648,00, o que equivale a 49,61% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Um trabalhador que ganha um salário mínimo mensal precisa dedicar 100 horas e 58 minutos por mês para adquirir essa cesta. Em Varginha, cidade também pesquisada pelo UNIS, o valor da mesma cesta neste mês de
maio é de R$ 598,45 tendo apresentado uma queda semelhante à observada em Pouso Alegre.
Entre abril e maio, três dos 13 produtos componentes da cesta básica em Pouso Alegre registraram aumento nos preços médios: óleo de soja (3,17%), arroz (1,92%) e café em pó (1,60%). Enquanto isso, o preço médio do pão francês permaneceu inalterado, e nove produtos tiveram redução de preço: tomate (-36,36%), banana (-22,22%), feijão carioquinha (-6,40%), carne bovina (-3,08%), batata (-1,92%), açúcar refinado (-1,47%), leite integral (-0,67%), manteiga (-0,23%) e farinha de trigo (-0,14%).
Os resultados observados em Pouso Alegre e Varginha no início de maio foram bastante semelhantes, com ambas as cidades experimentando volatilidade nos preços dos alimentos básicos. Embora o relatório anterior tenha sugerido uma possível redução no valor da cesta básica, a queda foi maior do que o esperado. As previsões acertaram em relação ao aumento da safra de hortifrutigranjeiros e à continuação da queda nos preços do feijão carioquinha. Essa redução nos preços da cesta em ambas as cidades chega em um momento oportuno para aliviar o orçamento das famílias, considerando as altas ocorridas no início de 2024.
Os relatórios deste mês indicam que, no curto prazo, essa tendência de queda pode não se manter tão forte. Fatores como o término iminente da safra de verão dos produtos hortifrutigranjeiros, o início gradual da colheita da safra de inverno, possíveis aumentos nos preços do óleo de soja e da carne bovina, além das fortes chuvas que têm afetado importantes regiões produtoras do Sul do Brasil e a valorização do dólar, podem levar a um aumento no valor da cesta básica já no próximo mês.
