Recursos serão aplicados na revitalização de nascentes e áreas degradadas em até 169 municípios da bacia do Rio Grande, incluindo o Rio Sapucaí
O Governo Federal vai investir R$ 40 milhões em ações de recuperação ambiental em Minas Gerais. O projeto, que abrange até 169 municípios localizados na bacia hidrográfica do Rio Grande, tem como foco principal a restauração de nascentes e áreas degradadas, promovendo melhorias ambientais e sociais em larga escala.
A iniciativa é conduzida pelos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e de Minas e Energia (MME), com execução da Eletrobras. O investimento integra os compromissos da estatal após sua capitalização e está alinhado com as metas do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), priorizando o desenvolvimento regional sustentável.
Estão previstas a instalação de 200 Unidades Demonstrativas de Recuperação de Nascentes, que servirão como modelo para replicação em outras regiões. As ações envolvem restauração da vegetação nativa, contenção de erosões e melhorias em saúde pública, além de geração de empregos verdes.
Segundo o diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Segurança Hídrica do MIDR, Nelton Miguel Friedrich, a proposta alia sustentabilidade à valorização da biodiversidade. “Trata-se de uma estratégia integrada que contribui para a melhoria da qualidade de vida, a conservação dos ecossistemas e o enfrentamento de crises climáticas e hídricas”, afirmou.
As intervenções contemplarão cinco sub-bacias do Rio Grande: Alto Rio Grande; Rios das Mortes e Jacaré; entorno do reservatório de Furnas; Rio Verde e Rio Sapucaí. Inicialmente, já foram mapeadas áreas prioritárias em 32 municípios, incluindo cidades como Barbacena, Passos, Três Corações, Varginha, Lavras e Formiga. A Eletrobras já iniciou o diálogo com as prefeituras locais para definição das áreas e início das obras.
A metodologia aplicada no projeto foi desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com o MIDR, e prioriza locais com maior retorno social e ambiental. A proposta abrange tanto áreas públicas quanto privadas, garantindo uso eficiente dos recursos e impactos duradouros.
As Unidades Demonstrativas funcionarão ainda como espaços de educação ambiental e mobilização comunitária, com potencial para incentivar políticas públicas voltadas à proteção ambiental.
Entre os benefícios esperados estão o fortalecimento da segurança hídrica, a promoção da produção sustentável de alimentos, a conservação da biodiversidade e a elevação da qualidade de vida das populações envolvidas. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ressaltou a importância da parceria. “Estamos promovendo ações concretas que integram sustentabilidade, geração de emprego e desenvolvimento regional”, destacou.