Google desafia o fogo: satélites com IA detectarão incêndios florestais em tempo real

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O Google está investindo em um projeto inovador que utilizará satélites equipados com Inteligência Artificial (IA) para a rápida detecção de incêndios florestais. O projeto, chamado FireSat, visa monitorar o planeta a partir do espaço, identificando focos de incêndio com maior agilidade e precisão.

Essa iniciativa é fruto de uma colaboração entre o Google e várias organizações, incluindo a Moore Foundation e a Environmental Defense Fund, sob a coordenação da Earth Fire Alliance, uma entidade sem fins lucrativos. De acordo com essa aliança, o FireSat será uma ferramenta estratégica de monitoramento sem precedentes.

O Google.org comprometeu 13 milhões de dólares para o desenvolvimento do projeto, que deve começar suas operações em breve. A expectativa é que os satélites, equipados com IA avançada desenvolvida pelo Google, detectem incêndios florestais em qualquer lugar do mundo, fornecendo dados em tempo real para as autoridades responsáveis.

A primeira fase do projeto está prevista para 2025, com o lançamento do satélite inicial por um foguete da SpaceX. Esse lançamento servirá como teste para validar o desempenho dos sistemas. Até 2026, mais três satélites operacionais devem ser lançados, com a projeção de toda a rede, composta por 50 satélites, funcionando até o final de 2029.

Esses satélites terão a capacidade de identificar focos de incêndio com área mínima de 5 metros quadrados, atualizando as imagens a cada 20 minutos. As informações serão disponibilizadas gratuitamente às agências responsáveis pela gestão e combate de queimadas, possibilitando uma resposta mais ágil e eficaz. Além disso, os dados poderão ser utilizados para gestão de terras e agricultura.

Com a capacidade de detectar incêndios ainda em seus estágios iniciais, o FireSat deve contribuir significativamente para a prevenção de grandes desastres, além de melhorar as estratégias de combate aos incêndios já em andamento. Isso representa uma evolução em relação às tecnologias atuais, que, embora ofereçam imagens de alta resolução, não atualizam com a mesma frequência.