União Química prevê crescimento com 52 lançamentos em 2025 e ampliação da unidade em Pouso Alegre
A União Química – farmacêutica com unidade fabril, centro logístico e parque gráfico em Pouso Alegre – projeta um crescimento significativo de 20% em suas receitas para 2025, impulsionado pelo lançamento de 52 novos produtos nas áreas de oftalmologia e ginecologia. A empresa busca retomar o ritmo de expansão de dois dígitos, após registrar R$ 4,2 bilhões em receita no ano passado, um aumento de 6,4% em relação a 2023.
O presidente Fernando de Castro Marques destaca que a demora na análise e aprovação de medicamentos, especialmente os regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) impacta negativamente a balança comercial do setor. Para contornar esse obstáculo, a empresa mantém diálogo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin buscando soluções para agilizar os processos e reduzir a dependência de importação.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 224,3 milhões no último ano e devem alcançar R$ 413,2 milhões nos próximos três anos, com apoio da Finep. Os recursos serão direcionados para a produção de medicamentos hospitalares, incluindo antibóticos, fármacos dermatológicos e cardiológicos. A ampliação da unidade de Pouso Alegre inclui cinco novas linhas de produção de alto desempenho para injetáveis e colírios.
Além da saúde humana, a empresa investe no setor veterinário, com a marca Agener União, que faturou R$ 850,3 milhões em um mercado estimado em R$ 10 bilhões. No ranking da IQVIA, a União Química subiu quatro posições e se tornou o quinto maior player do mercado brasileiro.
Fernando Marques ressaltou que todas as divisões da União Química cresceram em 2024, exceto a de prestação de serviços a terceiros, devido ao encerramento de contrato com empresa parceira. Segundo Marques, a farmacêutica produz medicamentos para multinacionais como Novartis, Bayer e GSK. Apesar disso, uma nova negociação está em andamento e os impactos financeiros devem ser percebidos a partir do segundo semestre de 2025.
O lucro da União Química cresceu 7% no último ano, alcançando R$ 339 milhões. Esse resultado positivo foi impulsionado pela redução das despesas financeiras. “Emitimos debêntures a juros mais baixos, reduzimos prazos de pagamento dos clientes e conseguimos melhores condições com fornecedores, além de uma gestão eficiente de estoques”, afirmou Marques.
