Mais de 177 mil unidades consumidoras foram vistoriadas em Minas Gerais; ações visam reduzir impactos das ligações irregulares para os clientes regulares
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) intensificou suas ações de combate ao furto de energia elétrica em todo o estado. Somente no primeiro semestre de 2025, a empresa realizou mais de 177 mil inspeções em unidades consumidoras, com um total estimado de R$ 216 milhões recuperados em consumo não faturado.
Segundo a companhia, o valor representa tanto o consumo irregular retroativo — que pode ser contabilizado em até 36 meses — quanto a receita adicional prevista para os 12 meses seguintes às correções realizadas. As vistorias ocorreram em todas as regiões de Minas Gerais, com destaque para as regiões Sul e Oeste, onde mais de 13 mil imóveis foram inspecionados. Nesses locais, o montante recuperado foi de aproximadamente R$ 19,5 milhões.
Tecnologia e inteligência para detectar irregularidades
Parte das ações conta com apoio do Centro Integrado de Medição (CIM) da Cemig, que monitora o consumo de cerca de 9 milhões de clientes por meio de análise técnica e inteligência de dados. Aproximadamente 70% do consumo da distribuidora é acompanhado em tempo real, o que permite identificar rapidamente possíveis intervenções em medidores de alta, média e baixa tensão.
Além disso, medidores com indícios de fraude ou defeitos são encaminhados aos laboratórios da companhia para análise detalhada. Segundo a empresa, as inspeções não apenas corrigem perdas financeiras, mas também evitam riscos elétricos para a população.
Segurança e impacto para a sociedade
O furto de energia, além de ser um crime, coloca em risco a segurança da população. Ligações clandestinas podem causar incêndios, queima de aparelhos elétricos e interrupções no fornecimento de energia para consumidores regulares.
De acordo com Alexandre Ribeiro, supervisor de Relacionamento com Clientes da Cemig, o objetivo principal das ações é proteger o consumidor honesto:
“Essas regularizações evitam que o prejuízo seja dividido entre a Cemig e os clientes que pagam em dia. Também ajudam a conscientizar sobre os impactos sociais e criminais do furto de energia”, afirma.
Responsabilização criminal
Quando confirmadas as irregularidades, os responsáveis devem ressarcir a Cemig pelos valores não faturados e ainda podem responder criminalmente. O furto de energia é previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até oito anos de reclusão. Em casos específicos, a prática também pode ser enquadrada como estelionato (artigo 171).
Campanha educativa e denúncia
Para ampliar a conscientização sobre os riscos e prejuízos do “gato de energia”, a Cemig lançou uma nova edição de sua campanha educativa estadual em 2025. A ação está sendo veiculada na mídia e utiliza imagens geradas por inteligência artificial para facilitar o entendimento do tema.
A população pode colaborar denunciando ligações clandestinas por meio do telefone 116, de forma anônima e gratuita. Quer entender mais? Clique aqui e acesse o site oficial da companhia.
