Dentre os alimentos que mais provocam problemas no país, segundo o Ministério da Saúde, estão ovos crus e mal cozidos, carnes vermelhas, sobremesas, água, leites e seus derivados
A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre promoveu na útima quinta-feira, 9, uma capacitação sobre investigação de surtos de transmissão hídrica alimentar – DHTA. O objetivo foi a discussão do papel da vigilância epidemiológica e da vigilância sanitária nas etapas de investigação do surto DTHA. Foram debatidas definição e notificação do surto, dez passos da investigação de surto, coleta de amostras de material biológico e alimentos e inspeção sanitária no estabelecimento.
A coordenadora de epidemiologia do município de Pouso Alegre, Tathiana Gissoni enfatizou a importância da capacitação: “ainda que não muito valorizadas, os melhores ensinamentos se dão na repetição de falas, encontros e treinamentos. Muito válido aproveitar os ensinamentos adquiridos em práticas e ligá-los às atualizações recebidas para assim produzir melhores resultados”. “Assim como um time necessita de muitos treinos para o bom jogo, nós também necessitamos temporariamente de treinos e reciclagens para o bom trabalho. Agradeço as informações recebidas e as que já tínhamos conhecimento fomos reforçadas. Todo processo para o cumprimento do trabalho visa sempre atuar conforme as atualizações vigentes”, concluiu Tathiana.
“A capacitação foi articulada com o intuito de reforçar a importância da investigação de surtos DHTA, atualizar os técnicos da Epidemiologia e Vigilância Sanitária (VISA) quanto aos conceitos e processo de investigação. Foi extremamente importante para atualização de dados e conclusões da DHTA”, reforçou a fiscal de Vigilância Sanitária de Poços de Caldas, Mônica Penido Paiva.
Dentre os alimentos que mais provocam problemas no país, segundo o Ministério da Saúde, estão ovos crus e mal cozidos (22,8%), carnes vermelhas (11,7%), sobremesas (10,9%), água ( 8,8%), leites derivados ( 7,1%). No período de 2007 a 2020 foram notificados, por ano, uma média de 662 surtos de DHTA, com o envolvimento de 156.691 doentes (média de 17 doentes por surto), 22.205 hospitalizados e 152 óbitos.